Uma equipa de três investigadores do Técnico, liderada por João Canário, professor no Departamento de Engenharia Química e investigador do Centro de Química Estrutural (CQE), estudará “a dinâmica da matéria orgânica e do mercúrio, em zonas de permafrost (solo permanentemente gelado) e contínuo, no norte da Gronelândia”, explicou.
O grupo viu o pedido de financiamento para os trabalhos, submetido em novembro, agora aprovado. Este apoio vem através do projeto europeu INTERACT (International Network for Terrestrial Research and Monitoring in the Arctic) que financia o acesso a estações científicas no Ártico envolvidas no programa.
Os cientistas vão desenvolver o trabalho na estação científica de Zackenberg (74ºN). A mesma é gerida pelo Greenland Ecosystem Monitoring, sediado na Universidade Aarhus na Dinamarca. Esta será a primeira campanha portuguesa na Gronelândia e “uma das primeiras a estudar estes assuntos na zona”, conta o líder da expedição.
A João Canário juntam-se Beatriz Martins, aluna do doutoramento em Engenharia do Ambiente, que ocupar-se-á da componente do mercúrio, e Diogo Ferreira, estudante do doutoramento em Química para a matéria orgânica.
O trabalho insere-se no Colégio de Ciência Polares e Ambientes Extremos da Universidade de Lisboa e no projeto PERMAMERC (Mercury Biogeochemistry, Fate and Impact in Permafrost Thaw Ecosystems), financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT).
João Canário foi recentemente escolhido para liderar grupo de trabalho terrestre no Ártico e presidirá ao grupo de trabalho terrestre do International Arctic Science Committee (IASC), durante os próximos dois anos.