O workshop Técnico-Galp juntou membros da empresa e investigadores do Técnico para promover projetos de investigação e desenvolvimento (I&D), no último dia 31 de março. Ambos apresentaram as propostas em que se encontram a trabalhar na área das energias renováveis, para um futuro mais sustentável.
Aos investigadores do Técnico e Centros de Investigação associados, coube expor os trabalhos em desenvolvimento na área. Hugo Morais, investigador do Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Investigação e Desenvolvimento (INESC-ID), deu a conhecer a “Smart Storage Open Platform” e as “Electric Vehicles Management Strategies”, bem como as novidades no setor da energia hidráulica. No Centro de Física e Engenharia de Materiais Avançados (CeFEMA), os investigadores debruçam-se sobre materiais com capacidade condutora de energia, explicou Marta Martins. Do Centro de Matemática Computacional e Estocástica (CEMAT), chegou a perspetiva matemática das energias renováveis pela mão de Cláudia Nunes.
Sobre baterias, Sandra Rabaça do Centro de Ciências e Tecnologias Nucleares do Técnico (C2TN) mostrou os desenvolvimentos na utilização de moléculas para o estudo das propriedades elétricas e magnéticas não convencionais para a produção de baterias mais sustentáveis. Sobre o mesmo tema, Isabel Marrucho, do Centro de Química Experimental (CQE), apresentou os avanços na investigação de compostos químicos que podem originar novos materiais para a construção destes dispositivos. Passando da produção para os resíduos das mesmos, Rafaela Cardoso do Centro de Investigação e Inovação em Engenharia Civil para a Sustentabilidade (CERIS) partilhou possíveis soluções para a sua reutilização.
Os setores das energias solar e eólica marítima ficaram a cargo de Jorge Morgado do Instituto de Telecomunicações (IT) e Luís Gato do Instituto de Engenharia Mecânica (IDMEC).
Do lado da Galp, seis elementos ligados a diversas áreas – das energias renováveis à mobilidade elétrica, passando pela indústria – mostraram à plateia de investigadores o que estão a fazer para responder aos desafios de procurar soluções energéticas mais sustentáveis. Exemplos disso são as novas tecnologias que permitem que a fabricação, utilização e reciclagem de baterias seja um processo cada vez mais otimizado e sustentável, assim como a aposta nas energias renováveis (solar e eólica) e o carregamento wireless de veículos elétricos.
Como balanço do evento, Rafaela Cardoso destacou a oportunidade de “conhecer o trabalho” de outros investigadores. Marta Martins salientou a importância “de não [se] ficar fechado na investigação académica e contatar diretamente com a indústria”. A aproximação ao mundo Académico e o acesso à Investigação & Desenvolvimento que produz, é hoje uma prioridade para a empresa. “Só com uma aposta em novo conhecimento e um maior alinhamento entre empresas e universidades será possível realizar a Transição Energética”, confirmou Manuel Andrade, Head of Open Innovation na Galp.