Quatro semanas de uma experiência imersiva no mundo do empreendedorismo, com direito a um curso intensivo de empreendedorismo e inovação digital num ecossistema verdadeiramente internacional, composto por formadores, mentores, propiciando muitos momentos networking e a aquisição permanente de novos conhecimentos. É isto que a European Innovation Academy (EIA) tem para oferecer aos seus participantes. Os alunos do Técnico que tinham dúvidas sobre este mundo de oportunidades tiveram oportunidade de as ver aniquiladas na sessão de esclarecimento, promovida pela Área de Transferência de Tecnologia (TT@Técnico) que decorreu no passado dia 18 de maio.
O evento contou a representante da EIA em Portugal, Susana Fonseca, o alumnus do Técnico e mentor do programa, Daniel Vila Boa, e ainda uma aluna de doutoramento que participou numa edição anterior desta experiência, Carlotta Micale.
“A EIA é um programa de empreendedorismo com objetivo de fazer com que os participantes consigam experienciar o que é todo o processo de criação de uma startup”, começava por explicar Susana Fonseca. De forma muito simples, mas apelativa, a representante do programa evidenciou as principais novidades deste ano, começando pela maior de todas: o formato online. Esta mudança para o digital acaba por estar na génese de todas as outras alterações, visto que a organização tudo fez para que o espírito e a riqueza do evento não se perdessem. A 4.ª edição portuguesa da EIA decorrerá de 5 a 23 de julho de 2021.
O programa conta este ano com cerca de 350 participantes que serão agrupados em 70 grupos de trabalho. O processo de constituição das equipas começa na Pre-week, que se realiza também pela primeira vez, colmatando deste logo a ausência dos encontros pessoais. Os participantes terão oportunidade de viajar pela plataforma, que abre no dia 30 de junho, e começar a fazer networking, conhecendo as ideias que já existem e percebendo que problemas gostariam de ajudar a solucionar.
Seguem-se três semanas de muita aprendizagem, cada uma delas com foco numa componente de negócio: a primeira será mais focada na parte da ideação e no cliente; a segunda semana convida os participantes a debruçarem-se sobre o produto em si; e a reta final do programa é dedicada ao investimento e à preparação do pitch.
De forma a contornar o cansaço sentido por todos em relação ao Zoom e a outras plataformas semelhantes, as palestras habituais serão substituídas por uma série. “Decidimos fazer aqui uma alteração e para criar um bocadinho mais de engagement criámos uma série que foi escrita por argumentistas de Los Angeles. Será através desta série que todos os participantes vão receber os conhecimentos”, explicou Susana Fonseca.
A componente de mentoria mantém-se tal como no programa presencial, com todas as mais-valias que a mesma agrega. Entre os mentores estarão profissionais da Uber, Google, Amazon, Microsoft, Dell, Stanford University, etc.
Em Portugal, o programa funcionará das 16h às 20h, porém apenas as duas últimas horas (18 às 20h) serão em tempo real, podendo o restante tempo ser organizado pelas próprias equipas como melhor entenderem.
“O feedback que temos tido é bastante positivo, a network dos participantes acaba por aumentar significativamente, as oportunidades profissionais que surgem após a participação são muitas e depois também todo o mindset de empreendedorismo acaba por mudar devido a este contacto com uma nova realidade”, salientou Susana Fonseca.
Estas mais-valias seriam corroboradas por Carlotta Micale que participou na edição de 2019, a última que se realizou em formato presencial. “A minha experiência foi maravilhosa e voltava a repetir se fosse possível”, disse. Além da oportunidade de poder explorar e adquirir conhecimentos em áreas que desconhecia, a aluna de doutoramento destacou o networking que o programa potencia. “Conhecemos pessoas de outras partes de mundo, de outras universidades, com backgrounds muito diferentes. O facto de conseguirmos trabalhar com pessoas que não conhecemos, e por vezes com conhecimentos muito distintos dos nossos, é um dos maiores desafios, mas também nos ajuda a melhorar as nossas skills”, destacou.
Para a aluna de doutoramento também os conhecimentos que advêm do pitch e da sua preparação são muito relevantes, assim como a interação com os mentores. “A mentoria é uma das partes mais úteis porque a maioria das pessoas que está a participar não tem conhecimentos acerca dos procedimentos para criar uma startup”, disse. “Por vezes estamos agarrados a uma ideia e não conseguimos pensar de forma critica sobre essa ideia e os mentores ajudam-nos nisso”, adicionou.
Daniel Vila Boa confirmou a importância dos mentores na orientação dos participantes, nomeadamente no processo de validação e desenvolvimento da ideia. “O nosso papel como mentor nunca é dizer que uma ideia é boa ou é má, se vai ou não vai funcionar. O nosso objetivo é questionar os participantes para estes procurarem perceber qual será o valor das ideias e produtos no mercado”, evidenciou.
Ao encerrar a sessão, o vice-presidente para as Ligações Empresariais e Operações, professor Pedro Amaral, reiterou a importância desta iniciativa e agradecendo o apoio do Santander na atribuição destas 25 bolsas de participação na EIA.
As inscrições para as bolsas, que dão acesso direto ao maior programa de empreendedorismo do mundo, estão abertas até às 15h do dia 27 de maio.