O desafio em torno do prémio de mérito Novabase em engenharia de software, parece simples, mas não o é. Exige talento, visão, resiliência, métodos de trabalho, esforço de equipa e paixão por tecnologia, tudo envolto numa espécie de maratona criativa que coloca os alunos da unidade curricular de Engenharia de Software à prova. Ao pitch final que teve lugar esta segunda-feira, 8 de julho, apenas chegaram 3 equipas que tiveram oportunidade de apresentar o projeto que desenvolveram, as valências inerentes aos mesmos e o trabalho que tudo isto acarretou.
O docente da unidade curricular Engenharia de Software, o professor Rui Maranhão, e os representantes da Novabase, Susete Mendes, Sara Baptista, Paulo Ferro e Pedro Crespo, compuseram o júri que atentamente foi avaliando- e questionando sempre que necessário – as ideias, a apresentação visual do projeto, as ferramentas utilizadas, os erros encontrados e a forma como os grupos foram capazes de os contornar.
A ideia lançada e que daria origem ao projeto era semelhante para todos os grupos: criar uma aplicação que permitisse adquirir e planear aventuras nos mais variados destinos, compilando e dando respostas às várias necessidades dos potenciais clientes. Depois coube a cada equipa procurar a diferenciação, quer através do código desenvolvido quer da interface gráfica apresentada, ou até através da adição de novas funcionalidades. “Broker”, “TravelHub” e “Adventure Builder” foram os projetos apresentados, e numa primeira análise e através da visita guiada dos alunos foi possível perceber as diferenças entre cada um, as apostas de cada equipa e o esforço envolvido. Todos os passos que a aplicação permite executar foram revisitados, alguns bugs inevitavelmente expostos, mas foi sobretudo a sensação de dever cumprido que dominou todas as apresentações.
Depois da entrega dos diplomas de participação, as equipas foram convidadas a partilhar as mais-valias encontradas na experiência. “Foi diferente de tudo o que já tínhamos feito. Tivemos oportunidade de aprender e desenvolver conhecimentos que não tínhamos explorado”, destacou Gonçalo Moita. No geral, os alunos mostraram-se satisfeitos pelo conhecimento, pela oportunidade de trabalhar em equipa e pela sensação de “sermos capazes” que o desenvolvimento do projeto lhes conferiu.
Para o veredito final tudo foi tido em conta, e apesar de difícil, a decisão acabou por ser tomada. O projeto vencedor foi o “Travel Hub”, mas as felicitações foram gerais. “Acho que fizeram todos um ótimo trabalho, e o que acabaram por nos apresentar aqui hoje foi, na verdade um projeto com uma dimensão empresarial e com muito valor”, destacava Paulo Ferro. Salientando a paixão notória pela tecnologia que irradiou das equipas, o representante da Novabase explicou que o que distinguiu o projeto vencedor acabou por ser “a reinvenção do conceito, o facto de terem menos bugs e ainda o ótimo pitch com que nos presentearam”. Por esta capacidade de diferenciação os alunos Pedro Custódio, Pedro Bernardo e Francisco Matos, responsáveis pelo projeto vencedor, levaram para casa um prémio monetário no valor de 1.250 euros.
Como vem sendo habitual, também o Departamento de Engenharia Informática (DEI) – ao qual está afeta a unidade curricular – saiu a ganhar, sendo entregue ao presidente de departamento uma doação para a melhoria da qualidade de ensino, no valor de 850 euros.