Campus e Comunidade

Rogério Colaço toma posse como Presidente do Técnico para o quadriénio 2024-2027

A tomada de posse do presidente reeleito e da sua equipa decorreu na manhã de 3 de janeiro, no Centro de Congressos do campus Alameda.

“Afirmo solenemente cumprir as funções que me são confiadas com respeito pelos deveres que decorrem da Constituição e da Lei”. O arranhar de uma caneta esboçando uma assinatura em papel e, de seguida, uma salva de palmas de um auditório cheio.
Foi ao som desta paisagem acústica que Rogério Colaço tomou posse como presidente reeleito do Instituto Superior Técnico, durante a manhã de 3 de janeiro, no Centro de Congressos do campus Alameda. A acompanhar o candidato único, cada membro da equipa de vice-presidentes do Conselho de Gestão prestou a mesma declaração minutos depois, sequencialmente e com as respetivas assinaturas, ficando oficializada a composição deste órgão para o quadriénio 2024-2027.

Para além de Rogério Colaço, tomaram posse na cerimónia os seguintes membros do Conselho de Gestão:

“Este é um discurso com duplo significado”, afirmou o presidente já empossado no início da sua declaração, “porque representa o final de um ciclo e o início de um novo”. Rogério Colaço defendeu que o mandato que terminava “teve desafios complexos” e “conquistas importantes para o futuro do Técnico”, destacando que a Escola, em conjunto, reconquistou “a capacidade de acreditar que é possível”. Esse “capital de esperança”, como viria a apelidá-lo mais tarde no discurso, “é o ponto de partida para o mandato que agora começa”.
O presidente deixou uma nota de agradecimento a vários membros da comunidade do Técnico. Dos estudantes, disse que “foram exemplo de talento, serenidade, bom-senso, capacidade de trabalho e resiliência”, tendo sido a sua “primeira preocupação”, mas também a sua “primeira fonte de apoio e de esperança”. O agradecimento seguinte foi dirigido a antigos estudantes, professores, investigadores, técnicos e administrativos “que todos os dias levam o Técnico para onde quer que vão”. Demonstrou-se ainda grato pelas pessoas com quem trabalhou no mandato anterior, destacando anteriores vice-presidentes e membros dos Conselhos de Escola, Científico e Pedagógico.

Rogério Colaço defendeu que, nesse período de quatro anos, percebeu “a importância que o Técnico tem para o país como instituição que forma talento e que cria conhecimento e valor”. Esta missão, para si, torna-se impossível de concretizar “sem uma relação estreita, aberta, forte e articulada com os nossos parceiros”, quer do tecido económico, quer do académico, quer do autárquico ou administrativo.
O dever da Escola torna-se, então, “ser o motor da universidade, tornando-a uma instituição mais forte, mais coesa, mais internacionalizada e com maior impacto no país”. O primeiro compromisso que assumiu foi, por isso, “continuar a trabalhar para que tal seja uma realidade”. Como objetivos para o futuro do Técnico, enunciou a melhoria das condições pedagógicas, de estudo, de aprendizagem e de vivência que são oferecidas à comunidade da Escola; o trabalho no sentido de tornar os campi mais sustentáveis ambientalmente, o aumento da fração de energia verde que é consumida por estes, continuando o investimento em painéis solares já iniciado; a remoção dos carros do campus Alameda; o aumento da captação de talento estudantil, em particular no 2.º ciclo; a preparação para as mudanças no ensino trazidas por sistemas de inteligência artificial; e, em colaboração com a autarquia, a transformação da zona da Alameda “num distrito de inovação capaz de projetar a cidade no país e no mundo”.

Num discurso que deu início à cerimónia, Luís Oliveira e Silva, presidente do Conselho de Escola, relembrou “o compromisso que o presidente eleito assumiu perante toda a comunidade”, através do seu programa de candidatura, e “principalmente o legado que lhe cabe agora continuar a assegurar e a amplificar”. Invocando os tempos do I Governo Provisório, recordou as reformas do então Ministro do Fomento, Brito Camacho, para solucionar o ambiente que Charles Lepierre, professor do Técnico na altura, descrevia como um clima de “muito se ensina, pouco se aprende”, arrancando risos à sala.
Luís Oliveira e Silva terminou a sua declaração enfatizando os três pontos-chave do programa de candidatura de Rogério Colaço – a melhoria da experiência de aprendizagem “para melhorar o sucesso académico, resultados e bem-estar dos estudantes”, a aposta no investimento de infraestruturas dos seus campi “através da sua modernização” e o alargamento do impacto social com o “fortalecimento de relações com comunidade, antigos alunos, indústria e parceiros”.

Luís Ferreira, reitor da Universidade de Lisboa, teve também oportunidade de discursar, salientando o “momento importante, carregado de simbolismo” que decorria. Agradeceu ainda ao Conselho de Gestão em funções durante o anterior mandato, afirmando que “foi sempre muito fácil trabalhar com o Técnico”. “É assim que se faz uma Universidade”, completou.

A cerimónia foi transmitida em direto pelo canal de YouTube do Técnico, podendo ser revisitada aqui:

Galeria fotográfica do evento