Campus e Comunidade

Técnico e Brisa procuram soluções em conjunto na primeira edição da i.Talks

A primeira edição da sessão colaborativa contou com professores e investigadores do Técnico e colaboradores de diversas áreas da Brisa, empresa membro da Rede de Parceiros do Técnico.

O Polo de Oeiras do Instituto Superior Técnico recebeu, no passado dia 18 de abril, a primeira edição da i.Talks, iniciativa desenvolvida pela Escola com o objetivo de reunir colaboradores da Brisa e investigadores e professores do Técnico e promover a colaboração entre as duas instituições. Durante a sessão, foram apresentados por parte da empresa vários temas e desafios atuais que enfrenta. A comunidade do Técnico foi convidada a apresentar soluções através da exposição de vários projetos e linhas de investigação que procuram responder aos desafios enfrentados pela Brisa.

Para Rogério Colaço, presidente do Técnico, “a Rede de Parceiros do Técnico – que a Brisa integrou recentemente –  tem uma importância estratégica muito grande para a Escola”. “A missão do Técnico é a de contribuir para o desenvolvimento tecnológico do país e isso só é possível mantendo uma ligação estreita com o tecido empresarial”, justificou.
João Brito Portela, Management Executive na Brisa O&M, mostrou estar em sintonia, salientando a importância deste tipo de iniciativas na ligação da indústria à academia, e da Brisa ao Técnico.

A sessão de trabalho contou com a presença de Joana Mendonça, vice-presidente para o Campus Taguspark, e com a moderação de Fátima Montemor, professora do Técnico, que destacou a apresentação de “potenciais soluções e uma grande vontade de colaborar em várias disciplinas”.

Comunidade do Técnico procurou soluções para quatro grandes áreas de atuação da empresa

“Expansive reactions in concrete”

Nuno Martins, colaborador da Brisa, expôs alguns desafios ligados ao tema relacionados com a inspeção das reações do betão, como a criação de fendas. Do lado do Técnico, coube a Jónatas Valença, investigador do Instituto de Investigação e Inovação em Engenharia Civil para a Sustentabilidade (CERIS), apresentar algumas soluções de suporte à inspeção visual deste fenómenos, como o recurso a drones. João Bordado, em representação do Centro de Recursos Naturais e Ambiente (CERENA), apresentou as linhas de investigação ligadas às reações químicas do betão, que têm vindo a ser estudadas.

“Robotization of recurring tasks and/or installation of equipment and device”

José Pereira, colaborador da Brisa, apresentou o desafio de integrar tecnologias avançadas de robótica e automação na otimização das operações levadas a cabo pela empresa, tais como trabalhos em autoestradas e vias rápidas, como a manutenção da vegetação nas bermas ou a reparação de guardrails. Meysam Basiri, em representação do Instituto de Sistemas e Robótica (ISR), apresentou soluções ligadas à utilização da robótica para o desempenho destes trabalhos considerados de risco. João Sousa, em representação do Instituto de Engenharia Mecânica (IDMEC), apresentou as mais recentes linhas de investigação em cirurgia robótica e veículos autónomos, e como ambos podem ser aplicados aos desafios da empresa.

“Pavement engineering”

Armando Matos, Paulo Barros e Isabel Gonzalez, colaboradores da Brisa, apresentaramos desafios associados à adoção de pavimentos que apresentem grande nível de eficiência, mantendo um ciclo de vida longo e a sustentabilidade dos materiais. José Neves, em representação do CERIS, e José Dinis Silvestre, em representação do Departamento de Engenharia Civil, Arquitetura e Ambiente, apresentaram os desenvolvimentos feitos na investigação de pavimento sustentável, sem compromisso do ciclo de vida ou da eficácia do mesmo.

“Trip reconstruction for RUC and Mobile Tolling using geolocated data”

Ana Vieira da Silva, colaboradora da Brisa expôs os desafios enfrentados pela empresa na gestão da cobrança de portagens. Com a utilização cada vez maior de dispositivos eletrónicos como o telemóvel, as praças de portagens e outras infraestruturas físicas estão a tornar-se cada vez mais obsoletas. Desta forma, a Brisa procura soluções de utilização de dados de geolocalização e outros para a cobrança de portagens.