Campus e Comunidade

XVI Dia da Graduação do Técnico – uma festa para os finalistas, uma festa para a Escola

Cerimónia de entrega de diplomas a recém-mestres e doutores decorreu a 7 de junho na Aula Magna, em Lisboa.

A ocasião inspira sempre um misto de orgulho, felicidade e nervosismo – os 140 recém-graduados aguardam dispostos pela escadaria da Reitoria da Universidade de Lisboa, esperando a sua vez para serem chamados até à mesa onde, das mãos do reitor da Universidade de Lisboa, do presidente do Instituto Superior Técnico (assim como do presidente do Conselho Científico (doutorados) ou do Conselho Pedagógico (mestres), bem como dos presidentes de departamento e coordenadores dos respetivos cursos), recebem o diploma que os certifica como mestres ou doutores.

Foi assim que, na manhã de 7 de junho, se desenrolou o XVI Dia da Graduação do Técnico. Pontuado por aplausos para cada finalista (alguns com verdadeiras ovações dignas de claque), a cerimónia foi o culminar de percursos académicos desafiantes e enriquecedores, como ficou patente nos discursos proferidos por representantes de órgãos da Escola e dos próprios estudantes.

O presidente do Técnico, por exemplo, salientou “o enorme orgulho” que sentia em ter à sua frente “a geração mais resiliente das últimas décadas”, adjetivo que fez questão de usar no sentido técnico – fazendo uso da sua formação enquanto engenheiro de materiais. Rogério Colaço comparou os recém-graduados a um material que sofre diversas deformações e é sujeito a várias tensões, mas que nunca sai do domínio elástico, preservando a sua resiliência. Essa qualidade, defendeu o docente, foi essencial para um período académico que se deu “em condições mais dinâmicas” que o habitual, devido às mudanças do modelo de ensino e de um período pandémico, com todas as condicionantes que lhe estiveram associadas.

Para Luís Ferreira, reitor da Universidade de Lisboa, “é impossível não sentir orgulho, emoção e também alguma expectativa pelo que aí vem”. Os graduados levam agora “conhecimento, persistência – se há uma coisa que o Técnico ensina é o valor da persistência –, tenacidade e vontade de chegar ’lá’”, afirmou, parabenizando os presentes, por quem “o mundo espera” agora.

De regresso “à casa que [a] formou”, Maria Vilar partilhou que a Escola deu-lhe “muito mais do que conhecimento”, confiante de que também os recém-graduados reconhecerão isso nos seus percursos a partir de então. A vencedora do primeiro Prémio Alumni na categoria de Jovem Empreendedor destacou a “capacidade de pensar de forma crítica e “de procurar soluções em vez de desculpas” apuradas pelo seu percurso no Técnico, ressalvando a necessidade de “engenheiros, cientistas e líderes com um propósito”.

Em representação dos graduados de 2.º ciclo, Leonor Matos falou de “anos de descoberta, de partilha, de amizade e de um enorme crescimento pessoal e afetivo”. “Ser graduada pelo Técnico”, argumenta, “é mais do que concluir um curso – é aprendermos a adaptarmo-nos, a ser exigentes connosco próprios, a encontrar soluções no meio do caos e, acima de tudo, também a colaborar uns com os outros”. Ricardo Lameirinhas, que discursou como representante dos graduados de 3.º ciclo, confidenciou que, no momento de escolher os pares instituição/curso para ingressar no ensino superior, todas as suas opções de entrada envolviam ingressar no Técnico – “sabia que era a melhor escola do país e tinha noção de que era uma das melhores do Mundo”, declarou. O doutorado destacou a importância do envolvimento cívico e académico, que reconheceu em primeira mão ao ter sido delegado de curso e ter integrado tanto o Conselho como a Assembleia de Escola, ao longo do seu percurso no Técnico.

Depois da graduação, começa uma nova realidade 

Já feitos os discursos e as entregas de diplomas (e depois de uma atuação da Tuna Universitária do Técnico (TUIST)), com a cerimónia encerrada, o palco foi ponto de encontro para graduados e membros da audiência. Tendo também concluído o mestrado no Técnico anteriormente, esta foi a segunda vez que as portas da Aula Magna se abriram para Catarina Botelho, desta vez recém-doutorada em Engenharia Eletrotécnica e de Computadores. “Identifico-me muito com aquilo que foi dito durante a cerimónia – o Técnico não se faz sozinho”, subscreveu, uma mensagem ecoada por muitos dos presentes. Estar com amigos e colegas de doutoramento ajudou-a a ultrapassar os momentos mais difíceis”. “Vale a pena todo o esforço” para estar novamente na escadaria da Reitoria da Universidade de Lisboa, concluiu.

Daí a minutos os finalistas espalhavam-se pela entrada solarenga do edifício, tirando fotos com família e amigos. É aqui que Margarida Bernardes, que terminou o Mestrado em Molecular Science and Engineering, fala num “misto de emoções”. “Fico muito contente por ter conseguido terminar o meu curso – [o Técnico] é uma faculdade de excelência e, portanto, bastante exigente”, partilha, sem esquecer que o momento é também “agridoce” por “terminar aqui uma etapa da [sua] vida”. Ponderando um doutoramento no estrangeiro, sente-se “bastante preparada” para o desafio por ter frequentado o Técnico.

Estes “foram anos de trabalho árduo” para Leonardo Pedrosa, agora mestre em Engenharia Química – desde o esforço que investiu no desempenho académico até às suas funções no Conselho Pedagógico da Escola, passando ainda pelo pelouro de Delegado de Curso, tudo isto “foi algo que [o] moldou” e que “lev[ará] com muito carinho para a próxima etapa”. Já a trabalhar numa multinacional, destacou as “ferramentas” que o Técnico lhe deu “para ser autossuficiente”.

A estes, juntaram-se muitos outros graduados, num dia soalheiro que prenuncia os futuros brilhantes que agora começam.

Fotogaleria (em atualização).