Trinta e um anos do Laboratório de Instrumentação e Física Experimental de Partículas (LIP), uma das unidades de investigação associadas ao Departamento de Física do Instituto Superior Técnico. O dia 9 de maio, data do aniversário, congregou um conjunto de eventos comemorativos, dos quais se destacaram a inauguração das novas instalações e ainda da 1ª Sala de Controlo Remoto das Experiências CMS e Auger em Portugal.
A nova sala de controlo do Observatório Pierre Auger e da experiência CMS, localizada no departamento de física, vem estreitar laços de colaboração, permitindo que os investigadores “participem ativamente no apoio às tomadas de dados das respetivas experiências, sem terem que se deslocar fisicamente aos locais onde as experiências estão instaladas”, como explicou o professor Pedro Abreu, um dos coordenadores do LIP. A partir desta sala, os cientistas poderão controlar remotamente os sistemas, verificando em tempo real a qualidade dos dados.
A abertura das novas instalações da unidade de investigação no Edifício do Instituto para a Investigação Interdisciplinar (3I’s) da Universidade de Lisboa, “um momento aguardado há anos”, como partilhou o professor Pedro Abreu, contou com a presença do reitor da Universidade de Lisboa, o professor António Cruz Serra. As novas instalações vêm possibilitar ao LIP uma abertura ao ensino de 1º e 2º ciclos nos seus laboratórios, assim como a receção de mais estudantes de mestrado e doutoramento que queiram fazer investigação e desenvolver tecnologias na área.
Da parte da tarde, o LIP abriu as suas portas à comunidade e através do uso de detetores reais (em tempo real) e écrans interativos, os visitantes puderam contatar com investigação de ponta feita na unidade de investigação. O calendário de eventos terminou com duas palestras científico-pedagógicas, focadas nos desafios existentes no presente e no futuro tanto da Física de Partículas como da Física de Astropartículas.
Comemoraram-se assim mais de três décadas de uma unidade de investigação dedicada à contribuição e à “participação intensiva num grande conjunto de experiências e colaborações internacionais, com desenvolvimentos tecnológicos associados, inovações na área da computação, aplicações à Física Médica, de promoção da literacia científica e formação de professores”, resumiu o professor Pedro Abreu.