André Melão, estudante de Engenharia de Telecomunicações e Informática do Instituto Superior Técnico, vence o 1.º Prémio de Palco no Festival Internacional de Magia “Bairrada Mágica”, realizado no passado dia 14 de abril. O evento, que integrou o 10.º Congresso Português de Ilusionismo, teve lugar em Oliveira do Bairro e contou com a participação de vários ilusionistas nacionais.
A participação no festival surgiu na sequência do trabalho que tem vindo a desenvolver em vários palcos nacionais. “Decidi inscrever-me e apresentar a minha rotina de palco (Im)possible Love, que preparei ao longo de vários anos”, refere André Melão. O momento mais marcante, admite, foi a vitória: “Foi uma surpresa enorme e, ao mesmo tempo, uma validação do esforço e dedicação que tenho investido nesta arte”.
O percurso de André Melão na área do ilusionismo começou cedo. “O primeiro contacto que tive com o ilusionismo foi quando tinha 7 anos, ao receber uma caixa de magia no Natal”, recorda. Foi, no entanto, três anos depois que o interesse se tornou mais sério: “Vi uma atuação no YouTube que me deixou fascinado. A partir daí comecei a querer aprender mais e mais sobre esta área e a curiosidade levou a melhor. Desde então nunca mais parei”, explica André Melão.
A par do ilusionismo, mantém o foco na formação académica em Engenharia de Telecomunicações e Informática, com especial interesse pela área da cibersegurança. Para André Melão, estas duas áreas têm mais em comum do que aparentam à primeira vista. “A cibersegurança também lida com mistérios, estratégias e revelações”, diz, acrescentando que tanto a magia como a engenharia exigem raciocínio lógico, atenção ao detalhe, criatividade e capacidade de resolução de problemas. “A forma como penso e estruturo um efeito mágico tem muitos pontos em comum com a forma como abordo desafios técnicos”, nota.
Questionado sobre o futuro, vê na tecnologia e na magia dois caminhos que podem coexistir. “Quero continuar ligado à tecnologia e à cibersegurança, mas a magia estará sempre presente – seja como profissão, seja como forma de expressão”, reforça.