Associando-se à comemoração do Dia Internacional dos Museus, o Técnico realiza ao longo do dia de hoje o “1.º Encontro: Museus do Técnico”. O acervo histórico do Museu de Engenharia Civil serviu de pano de fundo do evento, sendo dada a palavra ao longo do dia aos responsáveis pelos vários espaços museológicos da Escola. Antes do começo da iniciativa, um dos objetivos da mesma já estava cumprido: despertar o interesse dos participantes para redescobrir os elementos expostos, tantas vezes desconhecidos ou esquecidos.
“Este evento marca o início de um processo importante de preservação do património do Técnico”, declarava ao abrir a sessão o presidente do Técnico, o professor Arlindo Oliveira. “Não queremos ter os nossos museus fechados, queremos sim que a comunidade desfrute deles”, ressalvava o presidente do Técnico, destacando o esforço que tem sido feito para atualizar e modernizar os mesmos de modo a “valorizar o máximo possível o imenso património científico e tecnológico”. “É muito importante preservar a nossa memória”, rematava o professor Arlindo Oliveira.
Também o vice-reitor da Universidade de Lisboa (ULisboa), o professor José Pinto Paixão, fez questão de marcar presença no evento que designou como um daqueles “momentos que propiciam a reflexão, bons para fecharmos alguns aspetos e desenhar o que fazer a seguir”. Os museus têm como missão promover a compreensão pública sobre a ciência, a tecnologia e a história”, afirmou o vice-reitor. Lembrando “o património impressionante e vasto” que a ULisboa detém, o professor José Pinto Paixão descreveu algumas das iniciativas que estão a ser implementadas ou planeadas, nomeadamente a intenção de desenvolver um sistema integrado de património. Elogiando a iniciativa do Técnico, o vice-reitor realçou “o quão fundamental é envolver todas as parcelas da Universidade nesta preservação e promoção do património”.
Agradecendo “as palavras que muito nos tocam e nos entusiasmam a prosseguir este caminho”, a professora Ana Tomé introduziu o vasto e diverso leque de intervenções dos representantes dos vários espaços museológicos. O primeiro a conduzir a audiência por uma viagem pela génese dos museus do Técnico foi o professor Manuel Francisco Pereira, responsável pelos Museus de Geociências (Museu Alfredo Bensaúde e Museu Décio Thadeu). “Há muito tempo que tenho conversas silenciosas com gerações que nos antecederam, quer através de algo escondido numa estante antiga, quer de um livro”, referia o docente, mencionando várias vezes a magia que revê nos museus. “São espaços de encontros passados e futuros, e cada elemento que os compõe encerra em si uma história, mas também uma memória para usufruto da sociedade”, dizia o professor Manuel Francisco, enquanto orientava um regresso ilustrado ao passado do Técnico. “Descobrir um mapa, um documento, uma fotografia é para mim sempre um momento de alegria”, partilhava ainda, denunciando uma paixão que se repetiu nas intervenções dos restantes oradores que ocuparam esta manhã.
O evento estende-se até ao final do dia, e o itinerário pela história e riqueza não deixa nenhum dos museus dos campi de fora, havendo ainda espaço para a apresentação de alguns trabalhos de mestrado produzidos em torno destas estruturas.