Esta sexta-feira, 1 de outubro, a Alameda do Técnico voltou a encher-se de talento. As letras azuis do Técnico, que ao longo da semana adornaram as fotografias dos novos alunos, foram o pano de fundo da cerimónia institucional de boas-vindas, brindando-se a este (re) começo tão almejado -pelos novos estudantes e não só – que permite pisar o campus do Técnico, sentir o calor da comunidade, e renovar a confiança no futuro.
Visivelmente feliz com a moldura humana que contemplava, o professor Rogério Colaço fez questão de o partilhar: “ver-vos aqui hoje a encher a Alameda do Técnico, como já não acontecia há muito tempo, é um momento único, fantástico e vocês de facto são uma lufada de ar fresco”, disse.
Conhecedor de algumas interrogações que surgem no início desta jornada, usou o tempo que detinha para ajudar a dar-lhes respostas. À típica incerteza sobre o que se segue, o docente respondeu com o mérito do percurso trilhado: “aquilo que demonstraram até agora não é diferente daquilo que vos vão pedir para demonstrar aqui. Vocês são talento: antes, agora, e em qualquer lado para onde forem”. A diferença, no entanto, apesar de significativa, existe, e segundo o professor Rogério Colaço está no propósito que deve orientar o percurso académico: “o objetivo que devem ter, que deve guiar o vosso percurso académico, é aprender, ter boas notas será uma consequência disso”.
O presidente do Técnico lançaria aos novos alunos o repto de refletirem também acerca do que esperam deste percurso: “pensem nesta pergunta e depois quando tiveram a resposta para ela, definam o vosso caminho aqui no Técnico e sejam exigentes com o que definiram”. Sobre aquilo que destes jovens é esperado, realçou que a única coisa que não pode acontecer é “desperdiçarem o vosso talento”. “O mundo precisa do vosso talento”, adicionou, lembrando os desafios que se impõem às nossas gerações e para os quais a tecnologia, a ciência, e a engenharia serão certamente uma resposta.
A presidente do Conselho Pedagógico (CP), professora Teresa Peña, evocaria Alfredo Bensaude, fundador da Escola, para lembrar que a “missão do Técnico é trazer o melhor de cada um de vocês para fora”, sublinhando que é também com esta visão que o Técnico adota o seu novo modelo de Ensino, trazendo mais flexibilidade aos currículos para que os percursos sejam delineados “de acordo com as características de cada um”. “O ensino vai aproximar-se da investigação, vão ter unidades curriculares em que a investigação e o ensino se fundem e passa a fazer parte da formação dos alunos a participação em projetos, a criação de soluções, a resolução de casos de estudo”, acrescentou. A docente aproveitaria ainda a atenção da audiência para dar a conhecer “os braços armados” que ajudam o CP a cumprir a sua missão e a interagir com todos os estudantes: o Núcleo de Apoio ao Estudante (NAPE), o Núcleo de Desenvolvimento Académico (NDA) e a Área de Transferência de Tecnologia ( TT@Técnico), vincando o papel dos delegados de curso enquanto representantes dos estudantes, fazendo a ponte com os docentes e os órgãos da Escola sempre que necessário.
Ainda que ciente de que as felicitações por esta conquista já teriam chegado aos novos alunos múltiplas vezes nos últimos dias, o presidente da Associação dos Estudantes do Instituto Superior Técnico (AEIST)não pôde deixar de os saudar pela entrada numa “faculdade exigente” e que ao “longo dos anos consegue atrair as melhores mentes do país”. “Parabéns pelo esforço e dedicação que vos trouxe aqui e que vos guiará por um futuro de sucesso que começa agora”, declarou. Os conselhos também não faltaram na intervenção de Francisco Santos, que apelou à participação na vida associativa e ao envolvimento nas diversas atividades extracurriculares que a Escola oferece. Ao terminar, e numa retrospetiva ao seu primeiro dia, o presidente da AEIST deixava aos alunos um conselho que quereria para si: “explorem, saiam da vossa zona de conforto e cresçam, não só como profissionais, não só como académicos, mas sobretudo como pessoas, porque o Técnico trabalha com pessoas e para pessoas”.
Mais de 1500 alunos matricularam-se até esta quinta-feira
As matrículas arrancaram às 00:00 horas desta segunda-feira, 27 de setembro, e até ao final desta quinta-feira mais de 1560 alunos tinham oficializado a sua ligação à escola.
Também desde segunda-feira à tarde, centenas de novos alunos matriculados fizeram questão de visitar os campi da Escola. Em todo o processo de acolhimento e descoberta foram essenciais os mentores (500 no total) que acompanharam os grupos de estudantes e, de forma faseada, lhes deram a conhecer os cantos da nova casa.
A adesão às sessões institucionais e às posteriores sessões de apresentação dos cursos foi bastante elevada e superior à expectável, visto que muitos alunos vieram propositadamente aos campi pela segunda vez e para este efeito.
As aulas para os estudantes de 1.º ano iniciam-se a partir de 4 de outubro.
Este ano foram colocados 1649 candidatos nas 18 licenciaturas e no mestrado integrado da instituição, num ano em que o Técnico voltou a liderar a lista dos cursos com as mais altas notas de entrada no Ensino Superior no país.