Campus e Comunidade

Terceira MasterTalk do Técnico apresenta desafios (e mestrados) da Engenharia Informática

Arlindo Oliveira comandou a palestra dedicada aos desafios da Engenharia Informática e à oferta formativa de mestrados do Técnico nesse sector.

Subitamente, Marcelo Rebelo de Sousa surgia no ecrã, cumprimentando a assistência no Centro de Congressos do campus Alameda. No entanto, a voz ligeiramente mecanizada e os movimentos artificiais já denunciavam de forma subtil aquilo que Arlindo Oliveira, professor do Instituto Superior Técnico, viria a confirmar segundos depois – tratava-se de um deepfake (conteúdo falso gerado a partir da manipulação de sons e imagens) desenvolvido por investigadores do Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores: Investigação e Desenvolvimento (INESC-ID), com o intuito de prevenir os espetadores contra a desinformação. Ia a meio a terceira MasterTalk do Técnico, afeta ao Departamento de Engenharia Informática (DEI) e decorrida a 16 de novembro.

Começando por uma breve revisão da história dos avanços tecnológicos na computação e inteligência artificial, a palestra abordou assuntos como modelos estatísticos de linguagem (como o ChatGPT) ou diferentes tipos de algoritmos para descrever ou gerar imagens. Em foco esteve também a possibilidade de fazer do desenvolvimento de um videojogo uma tese de mestrado, não obstante a necessidade inicial de “passar três anos de licenciatura a fazer programas para descobrir os números primos”, como comentou sarcasticamente o docente, arrancando risos à audiência.

A oportunidade de ouvir falar em tamanha variedade de saídas profissionais foi justamente o que trouxe Daniela Correia a esta MasterTalk. Confessando-se “interessada em ciência de dados”, a aluna concluiu o primeiro ano do Mestrado em Engenharia Informática e de Computadores e recorreu à palestra para saber mais sobre as diferentes opções de tese associadas ao seu curso. Numa fase mais precoce do seu percurso académico, Diogo, aluno de 11.º ano do ensino secundário, trouxe dois amigos do mesmo ano a assistir à MasterTalk. “A impressão que tenho é que o Técnico é um sítio que prepara os seus estudantes muito bem para as várias engenharias – domina essa área”, comentou, minutos antes do começo do evento.

“[Uma MasterTalk] é útil para que os alunos tenham uma ideia de que o Técnico ‘não é só aulas’ e que tem uma visão maior”, afirmou Arlindo Oliveira, terminada a palestra. O professor catedrático considera “interessante os alunos serem expostos a um tipo de seminário que não é aquele a que estão habituados nas aulas, que tem outra dinâmica, outro marketing”. Quanto à participação como orador neste tipo de evento, o docente partilhou que “é um desafio interessante falarmos para os alunos numa qualidade diferente – não estamos a dar uma aula, estamos a ‘vender’ uma ideia e isso é uma iniciativa interessante para os professores”.

O DEI tem na sua oferta formativa de 2.º ciclo os mestrados em Engenharia Informática e de Computadores, em Engenharia de Telecomunicações e Informática e em Mestrado em Engenharia e Ciência de Dados.

A MasterTalk que se seguirá no programa colocará em destaque os sete mestrados do Departamento de Bioengenharia e será dirigida por Patrícia Figueiredo a 14 de dezembro.

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