O Instituto Superior Técnico é cada vez mais cobiçado por alunos internacionais como demonstram os dados recentemente divulgados no portal Infocursos, que agrega indicadores atualizados por licenciaturas, mestrados integrados e mestrados de 2º ciclo. Entre o vasto leque de dados disponibilizados nesta plataforma que ajudam a caraterizar o panorama do ensino superior em Portugal, é divulgada a nacionalidade dos alunos matriculados nos vários cursos- revelando-se a percentagem de estudantes portugueses ou estrangeiros matriculados em cada curso em 2018/19. Este indicador permite antes de mais perceber o aumento da percentagem de estudantes estrangeiro em Portugal, sobretudo a frequentar mestrados integrados (cursos de cinco anos) e de 2.º ciclo. Numa análise deste indicador em cada um dos cursos que integram a oferta formativa do Técnico, percebe-se rapidamente que existe um número bastante significativo de alunos internacionais a escolher a escola e a sua oferta formativa.
Apesar de existir uma percentagem de alunos estrangeiros em quase todos os cursos do Técnico, esta presença torna-se, tal como a nível nacional, mais representativa nos mestrados de 2.º ciclo e mestrados integrados. Há até alguns casos em que o número de estudantes internacionais ultrapassa largamente o número de estudantes portugueses, como é o caso de Engenharia e Gestão de Energia– no qual dos 160 matriculados, 121 não eram portugueses- e de Engenharia Naval e Oceânica– em que num total de 95 alunos matriculados, 67 eram estrangeiros.
Também na lista de mestrados do Técnico com uma maior percentagem de alunos internacionais aparecem: Química (46% alunos estrangeiros) Engenharia de Petróleos (42%), Engenharia Geológica e de Minas (36%), Arquitetura (27%), Engenharia do Ambiente(28%), Engenharia de Materiais (24%), Biotecnologia( 20%) e Bioengenharia e Nanossistemas (19%).
“O Técnico sempre foi, desde a sua fundação, muito virado para o exterior. E com a qualidade que tem — está entre as 10, 12 melhores escolas de engenharia da Europa —, é fácil estabelecer parcerias com outras instituições muito boas e atrair estudantes”, vinca a professora Fátima Montemor, vice-presidente do Técnico para as Relações Internacionais.
Para além da qualidade da formação com que brinda os seus alunos, a aposta do Técnico passa também pela definição de ofertas muito estratégicas, tais como a “transição energética, a inteligência artificial, a ciência de dados ou as engenharias clássicas, mas únicas”, salienta ainda a professora Fátima Montemor.