O PowerPoint projetado na parede do Centro de Congressos do Pavilhão de Civil ainda só exibe uma frase: “a Engenharia Eletrotécnica e de Computadores é o sangue e o sistema nervoso do mundo moderno”. Pouco passa das 17h30 de dia 19 de outubro, e já está em curso a segunda MasterTalk do Técnico, desta vez dedicada ao Departamento de Engenharia Eletrotécnica e de Computadores (DEEC) e dirigida por um seu professor, Mário Figueiredo.
Para exemplificar a transversalidade destes ramos da Engenharia, durante a palestra o docente deu mais de 15 exemplos de áreas que os mestrandos do DEEC podem explorar: falou-se de satélites, de inteligência artificial, de veículos autónomos, da eletrónica usada em aeronaves – a aviónica –, da internet of things (‘internet das coisas’, em português), de aplicações médicas, do ISTSat-1, de robots que cumprem ordens, de deteção de plásticos nos oceanos e da análise da execução de movimentos durante a prática desportiva, entre outras aplicações.
Não será surpresa, então, que o maior atrativo para Luísa seja a versatilidade destes cursos. A aluna de ensino secundário conta que gostou da MasterTalk “por ter mostrado todas estas escolhas”, ainda que não se tenha decidido já por uma. Mesmo não tendo iniciado o seu percurso universitário, a estudante do 12.º ano ficou a saber das MasterTalks através da sua professora de Física e apreciou a oportunidade para ouvir falar em “computadores, energia e sustentabilidade”, com foco nesta última vertente.
Por outro lado, e já com três anos de experiência universitária, Margarida Amado também gostou da palestra. A aluna do último ano da Licenciatura em Engenharia Aeroespacial veio a convite de uma amiga, encorajada também pelo interesse que tem por este campo. “Já estava inclinada para seguir um mestrado em Eletrotécnica e, agora, após ver alguns trabalhos de tese, percebi que são mesmo coisas do meu interesse”, explica. Assinalou também que está muito feliz com a licenciatura que frequenta. Se regressasse ao momento em que teve de tomar a decisão, “escolhê-la-ia outra vez”.
Terminada a apresentação, Mário Figueiredo partilhou que “preparar a palestra foi muito fixe” para si. “[Durante a pesquisa,] descobri coisas que estavam a ser feitas no meu departamento das quais eu próprio não sabia, por isso também beneficiei com esta experiência”, esclarece. Aos que estão indecisos quanto ao que querem explorar no 2.º ciclo, o professor deixou uma sugestão: “a coisa principal, e que recomendo sempre, é que as pessoas façam uma coisa que apreciem. Enquanto se pode, deve trabalhar-se naquilo de que se gosta”. O docente aconselha, portanto, a “tentar ver quais são as ofertas de projetos e cadeiras que mais se ajustam àquilo que [cada pessoa] gosta de fazer”. Outra dica reside em “ver as páginas web dos professores. Mesmo que não percebam tudo, [é útil] ver os artigos publicados para ter-se uma ideia de qual o tipo de trabalho que andam a fazer”. Por último, o professor deixa o conselho que considera mais relevante – “uma pessoa só aprende coisas que gosta de aprender. A curiosidade é o motor da aprendizagem. Nunca se aprende nada ‘bem aprendido’ por frete”.
Na sua oferta formativa de 2.º ciclo, o DEEC reúne os seguintes cursos:
- Mestrado em Engenharia Eletrotécnica e de Computadores;
- Mestrado em Engenharia Aeroespacial;
- Mestrado em Engenharia e Ciência de Dados;
- Mestrado em Engenharia e Gestão da Energia;
- Mestrado em Engenharia Eletrónica;
- Mestrado em Engenharia de Telecomunicações e Informática.
A próxima MasterTalk aborda a oferta do Departamento de Engenharia Informática e será conduzida por Arlindo Oliveira, estando agendada para 16 de novembro.